quarta-feira, 19 de maio de 2010

Veni Vidi Vici

Nao vou fazer um grande resumo da India.

Esse ultimo post eh mais pra me desculpar por ter abandonado o blog. A minha desculpa eh que quando se esta no meio de um mochilao no sul da India a internet eh escassa. Pra compensar, vou fazer entao um mini bullet point com sugestoes/impressoes a serem passadas para frente:
- A viagem Kerala-Goa-Mumbai eh bem recomendavel
- Massagem ayurvedica eh em Kerala
- Rajastao eh quente
- Goa eh uma mistura estranha de India com outros paises (mas topless na praia foi demais)
- Quem nao visita o templo de Brahma em Pushkar nao eh um ser completo
- Eh necessario um tempo consideravel para visitar o norte da India
- Ler livros sobre a India escritos por indianos deixa o viajante mais consciente (recomendo: Deus das Pequenas Coisas e White Tiger, soh pra comecar)

Para mais impressoes/historias/fotos, favor procurar-me ao vivo!

Dhanyavad (obrigada) para a India e para os indianos!

Sao 1:23 am em Jaipur, e me despendindo da India me despeco do blog. Ateh a proxima viagem!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Minipost do dia

O blog esta um pouco abandonado porque estou na estrada, mas deixo voces com o contraste do dia:
na praia da Arambol, Goa, tem mulheres indianas completamente vestidas, de sapato e tudo, e estrangeiras fazendo topless.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

2 historias do deserto

Primeira historia

Poucas pessoas recomendaram ir para o deserto nessa epoca do ano. Compreensível. Se em Jaipur esta fazendo 43 graus, no deserto a temperatura não pode ser menos que 50, diziam. Ate que Nitin, nosso bom amigo indiano disse que sim, eh possivel visitar o deserto em abril - a tática eh ficar “escondido” nas piores horas do sol, e fazer os passeios a camelo no fim da tarde. De fato, funcionou. Subimos cada uma (eu, Emily e Kateryna the Ukranian muslim*) em seu camelo as 17h, quando o sol já estava beem mais ameno, e uma certa brisa subia pelas dunas de areia. Um óculos de sol e um lencinho na cabeça com certeza davam conta do recado, e depois de um curto período de adaptação, andar de camelo não foi nada mal. Eu e meu camelo Papaya nos demos muito bem, e o passeio de mais de 2 horas correu suavemente.

Esqueci de contar onde eu estava. A cidade eh Jaisalmer - o nome eh por causa do soberano rajput Jaisal, que construiu um forte enorme em 1156, onde hoje habitam 25% da população. Jaisalmer fica do outro lado do estado do Rajastao, perto da fronteira com o Paquistão. Isso significa 12 horas de trem, e se não for um trem decente, a viagem pode ser sofrida. Saimos na 6a a feira a noite, chegamos la sabado na hora do almoco. Na volta, partimos as 4 e meia da tarde de domingo, e chegamos em Jaipur 5 e meia da manha de 2a feira.

Voltando para o passeio: quando estava perto do por do sol, paramos, descemos dos camelos, e andamos um pouco pelas dunas. De la, vimos o sol saindo e muitas fotos foram tiradas. Depois, voltamos para os camelos e andamos ate umas cabanas, onde deveriamos dormir. No meio dessas cabanas, o pessoal do safari (esse passeio de camelo eh chamado de camel safari) arrumou umas mesinhas, nos serviram comida e trouxeram 3 musicos, que por uma meia hora ou mais tocaram musica folclórica do estado. No fim, apesar de já um tanto cansadas, resolvemos levar os colchoes para as dunas e dormimos por la mesmo. Excelente! Céu aberto, muitas estrelas, zero mosquitos (como eh deserto, eles não conseguem sobreviver), e ate um friozinho muito bem-vindo. No dia seguinte, acordamos, tomamos café, um banho (as cabanas tem banheiros melhores que o da minha casa! Da minha casa na India, digo) e voltamos para a cidade. Almoçamos e visitamos o forte, cheio de pequenas ruas, restaurantes e lojinhas, e com uma vista incrível da cidade toda cor de areia. Fomos para a estação e, muito satisfeitas, pegamos o trem de volta para Jaipur.

* Ver album de fotos no facebook


Segunda historia

Nem todos tiveram a mesma sorte. Logo na viagem da ida, uma das integrantes da viagem, a alemã Uli, comecou a se sentir mal. Quando iniciamos a jornada para o deserto, Uli já estava com febre, e foi levada para o hospital. O hospital era privado e, por fora, muito bonito. Por fora.

O nosso guia turístico Khem tentou ajudar Uli no hospital e comprou os remédios recomendados pelos médicos. Khem, no entanto, não sabia muito bem para o que servia cada um dos remédios. Enquanto nos 3 andavamos de camelo e tiravamos fotos, Uli passava por diversos exames e tomava remédios que desconhecia.

(Exame de sangue: geralmente, no Brasil, uma tira de borracha eh amarrada na parte de cima do braco do paciente e as veias ficam mais visíveis para que o sangue seja colhido. Aqui, o método eh outro: a enfermeira chama um cara grande, e ele aperta o seu braco com forca.)

Assim como na rua, no hospital estrangeiros recebem muita atenção. Essa atenção não vinha dos médicos e enfermeiras, mas sim dos outros pacientes e funcionários de limpeza, que de vez em quando paravam em frente a porta do quarto da pobre Uli e apenas observavam.

Uli passou a noite no hospital, e no dia seguinte fomos busca-la para podermos almoçar e visitar o forte. A enfermeira disse que o medicamento intravenoso iria demorar mais meia hora. 1 hora e meia depois, o quadro era: 4 meninas estrangeiras já bem a vontade no quarto de hospital e enxotando curiosos que paravam na porta.

No fim, nem o forte Uli visitou; estava bem quente e ela achou que era melhor poupar-se.

Ela passou 24 horas no trem e quase 24 no hospital.

Antes de eu vir pra India, uma brasileira que esteve aqui havia me dito que o deserto não era para todos. Esse foi o único pensamento que me veio a mente na viagem de volta, vendo Uli reclamar que não soh não tinha participado do safari como ainda por cima tinha gasto bastante com transporte e hospital.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Com emocao ou sem emocao?

Chegando em Agra, corremos para o Taj Mahal. Do lado de fora, ficam homens, mostrando suas carteirinhas de guias turisticos, oferecendo seus servicos. Eles comecam pedindo 200 rupias por pessoas e vao baixando o preco, sempre com a carteirinha a mostra pra deixar bem claro que eles sao guias registrados. Alguns desses homens gritavam seus precos para nos estrangeiros, e no meio dos gritos eles tambem diziam que especialmente naquele dia o Taj era de graca. Nem me comovi, porque eles gritam todo o tipo de coisa pra chamar a nossa atencao. Desta vez, no entanto, eles falavam a verdade; era o Heritage Day, e varios monumentos do mundo tem, nesse unico dia do ano, entrada gratuita. Consequentemente, o local estava bem lotado e ateh havia uma certa fila pra entrar.

A multidao, na verdade, nao foi um problema; as mulheres vestidas com saris bem coloridos e as criancas nos trajes tipicos brilhantes soh deixaram a paisagem do taj mais interessante.

Sobre a experiencia de ver e entrar no Taj, soh posso dizer que, de longe, o individuo tem a sensacao de estar olhando para uma foto no guia turistico ou cartao postal. Eu comecei a observer o palacio pensando na simetria, nas caracteristicas arquitetonicas, no processo historico, e terminei com o sentimento de que o taj eh algo familiar, intimo. Enfim, foi uma transicao do racional para o emocional, meio dificil de explicar.

Apos nos despedirmos do Taj, encaramos um calor de 40 e tantos graus e chegamos ateh Agra Fort. O forte tinha sido construido algumas geracoes anteriores a Shah Jahan (para os que esqueceram, o cara que construiu o Taj Mahal), mas foi a historia dele com o forte que ficou mais marcada. Visitamos o quarto dentro do forte onde Shah Jahan foi aprisionado por seu filho (entre os motivos da prisao, a construcao de monumentos grandiosos gastando todo o dinheiro da familia). Nesse quarto, Shah Jahan soh conseguia ver a sua criacao (o Taj) por meio de um reflexo no diamante (historia contada pelo guia – sim, desta vez contratamos um guia – e ainda nao verifiquei quais das muitas historias sao verdadeiras).

O forte tambem impressionou pelos sistemas de refrigeracao (cooling) pre-eletricidade, pelas misturas de pedra vermelha com marmore branco e pela vista incrivel da cidade.

Saldo: excelente viagem. Eh claro que, pra compensar, a viagem de volta foi bem conturbada: aproximadamente 9 horas de trem, numa viagem que deveria levar apenas 4. Mas tudo bem; isso foi soh pra dar um pouquinho de emocao.


Fotos do Taj e do forte! http://www.facebook.com/album.php?aid=2027460&id=1657453131&l=fa4621e6dd

Eu vou pra Agra eu vou

Alguns dos leitores desse blog ja sabem que fui para Agra nesse fim de semana, visitar o Taj Mahal, mas poucos sabem o sufoco que foi chegar ateh la (e sair).

Antes de ir, fomos avisadas de um protesto de uma casta inferior lutando por seus direitos. Ateh aih sem problemas. A preocupacao bateu quando disseram que esse mesmo protesto ocorreu ha 2 ou 3 anos atras, e foi bem violento. A partir dai, a viagem para Agra, inicialmente com 8 participantes, encolheu - viramos 5. Mas nao pensem que foi um impulso irresponsavel meu ter ido; pesquisamos bastante, e vimos que atualmente esse protesto esta relativamente pacifico.

Saimos de casa sabado a noite, para pegar o onibus das 22h30 para Agra. Opa!, onibus cancelado (protestantes ocupando a estrada). Da estacao de onibus para a estacao de trem, conhecemos o primeiro motorista de rickshaw simpatico e educado em Jaipur: Krishnan. Krishnan portava consigo um livrinho com depoimentos de estrangeiros em diversas linguas, e todos os depoimentos (que conseguimos ler) atestavam o bom carater de Krishnan. Nos despedimos do novo amigo, entramos na estacao de trem. Centenas de pessoas dormindo na calcada, e dentro da estacao. Apos encarar a fila, surpresa boa: conseguimos passagens para Agra, saindo dali a 3 horas. Ligamos para Krishnan e pedimos uma indicacao de um restaurante/cafe perto da estacao.

Voltando para a estacao, quase na hora do trem, pedimos ajuda a um guarda para entender qual era o nosso vagao. A resposta: "this ticket is ordinary class" (leia-se "muvuca"). Em meio a confusao, no entanto, descobrimos um oasis: um vagao da classe economica soh para mulheres e criancas. Ufa, bem melhor.

Chegando em Agra...isso vai ficar para o proximo post, porque eu acredito que os posts nao devem ser tao grandes assim; desestimula a leitura.
Obrigada para quem acompanhou ateh agora!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Aari Taari

Achei umas fotos interessantes de um trabalho de campo que fiz com a ONG. Acompanhamos a producao de aari taaris (parte do sari que as mulheres usam) na Vila Juhng. A ONG oferece treinamentos, e depois auxilia do processo producao->mercado.





42 graus celsius

As caminhadas parecem mais longas, a quantidade de agua ingerida aumenta e a agua fria do banho nunca parece fria o suficiente.
Quando chegar a 45 quero ver.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Udaipur, a Veneza Indiana

Breve post para compartilhar as fotos da minha viagem a Udaipur, bela cidade conhecida como a Veneza Indiana. Fui durante a Pascoa (infelizmente nao tive contato com nenhum tipo de celebracao de Pascoa por aqui, nem chocolate eu comi) com as roomates Aurelie e Emily.
Aurelie, que trabalha em um spa tailandes aqui em Jaipur (ela nao faz as massagens, soh faz a divulgacao e firma parcerias), recebeu dois dias antes da viagem um cliente que eh socio de um hotel em Udaipur. Resultado: ficamos hospedadas, sem custo, no hotel Hill Lake, com uma senhora vista da cidade, e um quarto aconchegante e luxuoso (luxo eh um termo relativo hoje em dia). Conhecemos alguns indianos udaipurenses, alguns turistas (muitos franceses!) e comemos muito bem. Two thumbs up!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Um assunto que merece um post: atencao recebida por estrangeiros em Jaipur

Sim, agora ja estou bem adaptada a vida na India, sinto um grande carinho pelas pessoas que viraram amigos que viraram irmaos, estou suportando bem o calor (ate agora), e a pimenta ja eh digerida com mais facilidade. No entanto, ha um aspecto da minha vida cotidiana que ainda causa um certo aborrecimento. As pessoas na rua tem um grande interesse nos estrangeiros (mesmo se o estrangeiro em questao passa pela mesma rua todos os dias, duas vezes por dia, no mesmo horario), e esse interesse pode gerar reacoes que incomodam.

Eu vou tentar, nesse post, apresentar algumas dessas reacoes do povo de Jaipur em escala, da mais sutil para a mais abusiva:
1: pessoa encara o estrangeiro, e nao se intimida se o estrangeiro olha de volta, percebendo que esta sendo encarado.
2: pessoa encara o estrangeiro, e diz algo, geralmente "hi" (reacao mais comum em criancas).
3: pessoa encara o estrangeiro, diz algo, e corre atras do estrangeiro de maneira persistente, ateh que o estrangeiro de alguma atencao e diga "hi" (reacao mais comum em criancas traquinas).
4: pessoa andando de moto ou bicicleta para repentinamente, no meio da rua, encara o estrangeiro e diz algo ou ri (sim, ri; faz alguma piada pro amigo que esta na moto, e ri).
5: pessoa usa seu celular para tirar fotos do estrangeiro, de maneira nada sutil, sem realmente pedir sua permissao e sem se incomodar com o "no" ou "nahi (nao em hindi)" ou com os gritos raivosos do estrangeiro em portugues (quer dizer, em sua lingua de origem).

Quando se trata de criancas, nao ha muito problema; soh querem usar um pouco do vocabulario em ingles que aprendem na escola e falar com essas pessoas diferentes que estao andando na sua rua. Geralmente, estrangeiros respondem com um sorriso e seguem seu caminho. Por sua vez, as criancas, felizes com a interacao bem sucedida, continuarao repetindo a mesma frase ("hi", "how are you?"), na esperanca de estabelecer outra interacao, mesmo que essa nao traga nenhuma informacao nova.

A numero 5, de longe, eh a pior. Se a numero 5 nao existisse, provavelmente eu nao estaria escrevendo esse post. Na rua, no supermercado, ou onde quer que voce esteja eh possivel encontrar uma pessoa (e essa pessoa eh sempre um homem) com um celular com camera pronto para tirar uma foto do estrangeiro exotico. Malditos celulares com camera.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Safari a indiana

Domingo fiz uma pequena viagem ao Ranthanbore National Park, que fica a 4 horas de Jaipur. Quando os organizadores (um intercambista brasileiro e um belga, cujos nomes nao serao mencionados) contaram que pagariamos uma bagatela por uma viagem num carro com ar condicionado e motorista, desconfiei. Agora, 4 dias depois e passado o trauma, posso afirmar que a unica pessoa confortavel dentro desse carro era o motorista.

Um pouco sobre Ranthambore: eh conhecido por ser um parque onde vivem leoes, tigres e leopardos (fato que atrai a grande maioria dos turistas para la). Desconfiei. Ao entrar no jeep/caminhao que nos leva pelo parque, o guia turistico foi honesto o suficiente pra admitir que ele mesmo soh viu tigre 3 vezes nesse parque.

Ate entao, o passeio nao parecia prometer muito. Mas, no fim das contas, acabamos vendo uma paisagem incrivel, alguns animais interessantes (Bambi!), e a companhia nao deixou a desejar (nao faltaram turistas ingleses com roupas camufladas e chapeus tipicos turistanos). Gostei bastante, e nem mesmo a (ultra)desconfortavel viagem de volta mudou a minha opiniao sobre o otimo dia que eu tive.

A seguir, fotos. (NAO PRECISA TER PERFIL NO FACEBOOK, O ALBUM EH SUPOSTAMENTE PUBLICO).

http://www.facebook.com/album.php?aid=2025758&id=1657453131&l=e986f45812

Internet

Passei uns tempos com a internet mais lerda do mundo (ok, da Asia, vai), mas agora tentarei postar com mais frequencia novamente

sexta-feira, 26 de março de 2010

O trabalho dignifica o homem (e a mulher)

Notei que ainda nao comentei muito sobre o trabalho que estou fazendo aqui. Pros que nao sabem, a minha ONG, SRS, tem como uma de suas principais atividades formar grupos de auto ajuda, pelos quais as mulheres recebem servicos financeiros a que normalmente nao teriam acesso. Assim, as mulheres conseguem trabalhar (ex: comecam uma horta ou uma lojinha) e gerar renda para as familias. Foi numa dessas reunioes que conheci a futura sogra (piada interna, post antigo). Achei valido colocar aqui umas fotinhos, inclusive uma comigo (participando da reuniao, mas sem entender muito bem porque todos falavam em hindi - eu estou na 1a foto de blusa rosa e calca cinza).



quarta-feira, 24 de março de 2010

37, que maravilha

Agora esta fazendo 37 graus aqui em Jaipur. Estou colocando isso no blog pra que, quando eu estiver de volta em Sao Paulo e reclamando dos 31 graus, eu possa voltar aqui, ver esse post, e lembrar que ja foi pior.

sábado, 20 de março de 2010

Aos mosquitos

Esse post vai para todos os mosquitos que me fazem companhia durante a noite, que estão comigo na hora do café da manhã, me esperam chegar em casa no fim da tarde, e observam de perto enquanto eu faço meu jantar. Praqueles que fazem comentários frenéticos no meu ouvido enquanto eu escovo os dentes, pousam na parede do banheiro enquanto eu tomo banho e não se intimidam com o spray repelente que passo todos os dias. Agradeço a preferencia e a fidelidade, e peço desculpas se alguns familiares seus - ou mesmo voces - vierem a falecer pelas minhas mãos.

o frango e os pontos negativos

Vou fazer um breve post pra contar 2 coisas. Na verdade, pra desabafar 2 coisas. 1) ontem quebrei meu regime vegetariano e comi frango. No entanto, o prato estava tao apimentado que a experiencia nao foi tao agradavel. 2) hoje de manha descobri que trabalho aos sabados (os 2 ultimos sabados estava viajando - um deles a trabalho, e outro estava em uma conferencia). Nao soh eu, como todos trabalham aos sabados. Isso me aborreceu e por isso estou dando 5 pontos negativos para a India.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Carnaval Indiano

Ontem tivemos uma especie de mini carnaval no centro antigo da cidade. Era um desfile de bandinhas e animais (elefantes, camelos), celebrando o Gangaur. O festival eh para recem casadas, mas as nao casadas (eu) participam orando por um bom casamento e um marido perfeito. ha! Nas fotos: eu e Prenka (esposa do filho do meu chefe), uma das bandas que se apresentaram no carnaval, e eu e Vaibhav, amigo indiano que me mostrou o melhor lugar pra assitir o desfile (a varandinha do tio dele, com outros estrangeiros) .







quarta-feira, 17 de março de 2010

Casando nas Indias



Coloquei essa foto no facebook, mas lembrei que nem todo mundo tem conta. Essa era uma reuniao de mulheres na vila de Jaisingpura. A mulher de amarelo, Radha Devi, pediu pra eu me mudar pra la e casar com o filho dela. Ela prometeu que eu seria feliz por tempo indeterminado.

terça-feira, 16 de março de 2010

Comida=Khana

Dal Bati, famoso prato do Rajastao. Bati eh o paozinho, a direita...

Comida providenciada por Mr. Sharma!

Sem mais delongas



Mr. Sharma: diretor do Centro de Treinamento de Chittorgarh, guru pessoal e motoqueiro amador (amador eh eufemismo)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Lição do dia (de 6a feira, dia 12):

Não pegar carona de moto com idosos que não enxergam lombadas e não sabem trocar a marcha. Essa lição foi aprendida na cidade de Chittorgarh, por volta das 13h, e o idoso em questão sera apresentado num post futuro.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Continuacao fotos da viagem de ida:

aeroporto de Delhi, indianos capotados por todos os lados

quarta-feira, 10 de março de 2010

Fotos da viagem de ida:


eu e juquinha saindo de Sao Paulo, indo para Delhi

terça-feira, 9 de março de 2010

A pedidos




Lar. O apartamento em que moro eh o segundo andar desse predinho, nessa ruazinha, em Vidyut Nagar.

domingo, 7 de março de 2010

Lição do dia:

Sair 15 minutos antes de casa pra ter tempo de barganhar o preço da corrida com os motoristas de rickshaw. São 11h.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ainda sao 15h, e este eh o Hawa Mahal,


Palacio dos Ventos, onde as mulheres podiam obervar o mundo externo sem serem vistas (elas nao colocavam a cabecona pra fora como eu, obviamente)

Rickshaws...e sao 15h

Rickshaws nao sao ma opcao, mas requerem uma paciencia e habilidade em negociacao incriveis

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sao 15h27, e a pimenta nao eh light

Uma das primeiras coisas que o brasileiro Ivan me ensinou, quando cheguei em Jaipur, foi a frase "Masala Nahi", usada pra pedir que a comida seja preparada "sem pimenta".
Eh com muito orgulho que comunico que ate agora nao usei essa frase; no maximo, usei um "Masala light, please". Embora eu tenha que reconhecer que alguns desses Masala Light ja quase me fizeram chorar, tamanha a ardencia da comida, vou continuar pedindo o meu Light, e um dia desses, nao vou ter que dizer nada, e vou comer o Masala Indian Style.
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Pra quem acompanha o drama Air France: a mala acabou de chegar. Com uma roda faltando e outra quebrada.

terça-feira, 2 de março de 2010

Sao 15h45 em Jaipur e eu finalmente consegui meu primeiro post indiano

Estou agora no escritorio de um amigo indiano, Tapeesh, que me trouxe aqui para um pouquinho de internet.
Meu primeiro post na India sera bem sincero: estou suja. Agora ha 5 dias com a mesma roupa (cortesia da grande empresa aerea Air France, que gostou tanto da minha mala que resolveu keep it to herself for a few days), comeco a acumular minhas historias da India no corpo.
Minha calca esta multicolorida, resultado do Festival Holi, em que as pessoas jogam pos coloridos em voce, e depois agua, pra tinta grudar mesmo. Minha blusa acumula farelos de chapati (paozinho indiano) e temperos que tenho comido nos ultimos dias. Meu tenis esta cheio de areia, ja que as ruas do condominio onde estou morando nao sao asfaltadas (e essa areia esta bem presente ja que nao tive coragem de usar meu unico par de meias por 5 dias seguidos - as roomates agradecem).
Mas nao fiquem com a impressao de que a minha estadia nao tem sido satisfatoria ate agora; "isso tudo faz parte da aventura" (Maria Amelia Veras, 4/3/10).
Termino aqui com a promessa de fotos no proximo post e, de preferencia, ja terei trocado de roupa ate la. Rezem por mim.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

क्या समय है?

Kya samay hai? = What time is it? = Que horas são?

São 22h50

São 22h50, em São Paulo, e este blog está sendo criado.